As espécies invasoras são uma questão importante em todo o mundo. Estas espécies são animais ou plantas que são introduzidas num ambiente natural de onde não originam, trazendo consequências extremamente negativas para esse ambiente. As espécies invasoras alteram o equilíbrio dos ciclos ecológicos contribuindo para a degradação do ecossistema. Por causa disto põem em perigo as espécies nativas desse ecossistema, podem até levar à sua extinção.
Apesar de ainda não haverem registos de muitas espécies invasoras na região do Ártico é expectável um aumento devido ao crescimento da actividade humana e alterações climáticas. Um caso famoso de uma espécie invasora na região do Ártico é o cão-guaxinim (Nyctereutes procyonoides), que foi intencionalmente libertado no ambiente para caça. As consequências disto foram a predação de vários pássaros, a propagação da raiva, outras doenças e parasitas no norte da escandinávia.
Há várias maneiras preocupantes pela quais estas espécies podem invadir o Ártico, incluindo: barcos comerciais, agricultura, transporte de material contaminado, turismo entre outros.
O ecossistema Ártico e a sua biodiversidade são importantes de preservar. Os governos e outras entidades necessitam de trabalhar em conjunto de forma a eliminar as espécies invasoras já implementadas no Ártico e prevenir futuras contaminações. A Estratégia e Plano de Ação da Espécies Invasoras do Ártico (ARIAS) do Conselho Ártico é precisamente uma equipa multinacional com membros governamentais e não governamentais que colaboram nesta importante questão.
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Fonte: J.K. Reaser, G.R. Howald and S.D. Veatch, A plan for the eradication of invasive alien species from Arctic islands (2019) In: C.R. Veitch, M.N. Clout, A.R. Martin, J.C. Russell and C.J. West (eds.). Island invasives: scaling up to meet the challenge, 62: 679–686.
Autora: Beatriz Bento